A new Eurobarometer survey shows that internships are an important stepping stone for young people to enter the job market. A clear majority of young Europeans (76%) who participated in the survey agree that what they learned during their internship was useful to them professionally. Among the young Portuguese interviewed, agreement reached 90%.
25-05-2023
De acordo com o inquérito Eurobarómetro, na EU 27, quatro em cada cinco jovens (78%) inquiridos realizaram pelo menos um estágio. Em Portugal foram 72%. Um em cada cinco (19%) teve a primeira experiência profissional em formato de estágio na UE 27, sendo que em Portugal o número chegou aos 22%. Sete em cada dez pessoas (68%), na UE 27, encontraram emprego na sequência de um estágio, sendo que mais de metade destas (39%) assinaram contrato com a mesma entidade patronal, de acordo com os dados. Os estágios são, por isso, uma oportunidade para aprender e para encontrar um emprego na União Europeia.
Na UE 27, 58% dos inquiridos afirmam que a entidade que promoveu o estágio também os apoiou na procura de emprego. Em Portugal este número desce para os 50%. A aprendizagem e o apoio refletem-se no facto de a grande maioria dos jovens europeus e portugueses estar empregada (68% em ambos os casos) ou ter continuado os seus estudos seis meses após o último estágio (18% na UE 27 e 14% em Portugal).
As conclusões do Eurobarómetro revelam ainda que após a conclusão do estágio, 39% dos inquiridos continuaram a trabalhar para o mesmo empregador, quer com contrato a termo quer sem termo, na UE 27 e também em Portugal. 26% encontraram emprego noutra entidade patronal nos mesmos regimes na UE e 25% em Portugal. Na UE, 4% dos inquiridos criaram o seu próprio posto de trabalho enquanto que no nosso país os mais empreendedores chegaram aos 6%.
O número de jovens que realizam estágios de longa duração diminuiu desde o último inquérito Eurobarómetro em 2013. Desta vez, cerca de 11% dos inquiridos afirmaram que o último estágio durou mais de 6 meses, menos 4 pontos percentuais do que em 2013 (15% ). 52% dos jovens da EU 27 e que responderam ao inquérito realizaram mais do que um estágio, sendo que 37% destes afirmaram já ter feito estágios repetidos na mesma entidade patronal. Em Portugal o número sobe para 39%.
O inquérito mostra que mais de metade dos jovens europeus em estágio (55%) receberam uma compensação financeira, o que representa um aumento em comparação com os 40% do inquérito de 2013. Em 70% desses casos, o empregador pagou o salário ou outra compensação financeira. Entre os jovens portugueses entrevistados apenas 50% receberam essa compensação. 61% dos inquiridos afirmaram ter tido acesso total (33%) ou parcial (28%) à proteção social durante o estágio. Nesta matéria os números portugueses estão um pouco à frente da média europeia com 37% dos jovens a afirmarem que tiveram acesso total à proteção social e 26% acesso parcial.
O Inquérito ainda revela que a percentagem de jovens europeus que fazem estágios noutro país está a aumentar, com mais de um em cada cinco inquiridos (21%) a afirmar ter feito pelo menos um estágio noutro país da UE. Em 2013 eram apenas 9%.
Tendo em conta que o inquérito não fornece qualquer indicação sobre os antecedentes dos inquiridos, menos de metade (48%) concorda que os jovens desfavorecidos ou migrantes têm acesso às mesmas oportunidades de estágio que os outros. No geral, 46% dos inquiridos discordam que os jovens com deficiência tenham acesso às mesmas oportunidades de estágio.
Em Portugal, o PO CH investe na formação inicial de jovens, desde 2014, com um montante total elegível aprovado de 2 790 milhões de euros (M€), dos quais 2 372 são investimento do Fundo Social Europeu. Das modalidades apoiadas desde 2014, destacam-se os cursos profissionais e os cursos de educação e formação de jovens, onde já foram apoiados 327 mil e 58 mil jovens, respetivamente. Ambas as modalidades, de dupla certificação, integram obrigatoriamente uma componente de estágio/formação em contexto real de trabalho como componente do currículo. Até 2018, o PO CH apoiou o ensino superior, nomeadamente os cursos técnicos superiores profissionais (CTeSP), com um investimento de 32 M€ (28 M€ FSE), do qual usufruíram 6 592 estudantes. O currículo do curso inclui também a participação em estágios como parte da experiência de formação.
O inquérito foi realizado por meio de entrevistas na Web, assistidas por computador, entre os dias 15 e 24 de março de 2023, a 26 334 jovens e jovens adultos, de toda a UE 27, entre os 18 e os 35 anos.
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