Inserido no Roteiro Capital Humano, a equipa do PO CH visitou a Escola de Hotelaria e Turismo do Oeste, no dia 15 de dezembro. Durante o dia, os trabalhadores e colaboradores do PO CH tiveram oportunidade de conhecer a escola e as suas áreas de atuação, formandos dos cursos profissionais apoiados pelo PO CH com o investimento do Fundo Social Europeu e os dirigentes da escola. Houve ainda a oportunidade de participar em vários workshops de culinária.
22-12-2022
A equipa do PO CH chegou às Caldas da Rainha de manhã e foi recebida nas instalações da Escola de Hotelaria e Turismo do Oeste pelo diretor, Daniel Pinto e pelo formador, Luís Tarenta, o chef responsável pela área formativa da cozinha.
Joaquim Bernardo, Presidente do PO CH com o Diretor de Escola de Hotelaria e Turismo do Oeste, Daniel Pinto
Após visita às instalações, a equipa do PO CH foi encaminhada para a área técnica onde realizou variados workshops de culinária. O produto final desta atividade, apoiada por formandos e formadores da escola, foi o almoço degustado por todos.
A equipa do PO CH no decorrer dos workshops
A escola, que integra a rede de escolas do Turismo de Portugal, foi criada em 2006, na cidade de Óbidos. Dois anos depois, em 2008, foram inauguradas as instalações das Caldas da Rainha.
Atualmente, a escola promove cursos de dupla certificação nas áreas da formação inicial de jovens, cursos de nível pós-secundário e formação para adultos. No nível secundário, a escola disponibiliza os cursos profissionais de técnico(a) de alojamento hoteleiro, técnico(a) de restaurante-bar e técnico(a) de cozinha e pastelaria. Estes cursos destinam-se aos jovens que concluíram o 9.º ano e que pretendem prosseguir para o 2.º ciclo por uma via de dupla certificação. Permitem obter uma certificação profissional na área do turismo, da restauração ou da cozinha, ao mesmo tempo que concluem o 12.º ano. Os cursos profissionais na Escola de Hotelaria e Turismo do Oeste são apoiados pelo PO CH, com o financiamento do Fundo Social Europeu (FSE), com um investimento de 2,9 milhões de euros (M€), dos quais 2,3 M€ são provenientes do FSE. Nesta escola, usufruíram dos apoios 116 formandos.
No nível pós-secundário a escola disponibiliza cursos de especialização tecnológica, de nível 5, para os formandos que pretendem aprofundar conhecimentos nas áreas da gestão e produção de cozinha, gestão e produção de pastelaria, gestão de restauração e bebidas e gestão de turismo.
Ao nível da formação ao longo da vida, a escola só tem cursos autofinanciados, para adultos que estejam a trabalhar e que queiram desenvolver as suas competências ou adquirir novas. Para os adultos desempregados a formação é suportada pelo Turismo de Portugal, para que ninguém seja impedido de progredir na área eleita por uma questão financeira.
Cerca de 60% dos formandos da escola são provenientes da região oeste, embora a escola também integre jovens e adultos de outras zonas do país. Por isso, o diretor, Daniel Pinto, à conversa com o PO CH, afirma que um dos mais importantes investimentos futuros será uma residência para alunos.
De acordo com o diretor, devido à grande proximidade que a escola desenvolve com os alunos e as suas famílias, sobretudo as da região, "há uma consciência clara de que a escola e a sua oferta formativa criam uma enorme oportunidade de prosseguimento de estudos e de motivação para os jovens". A escola desempenha um papel importante junto da comunidade ao evitar o abandono escolar de muitos jovens que, sem a presença desta oferta na região, poderiam vir a deixar precocemente o sistema de ensino. Jovens que chegam à escola desmotivados com a via de ensino científico-humanística conseguem muitas vezes bons resultados por esta via, encontrando, ao mesmo tempo, o seu rumo profissional.
Na região do Oeste há uma enorme procura de trabalhadores na área do turismo, restauração e cozinha. A entidade estabelece relações de proximidade com muitas empresas locais e regionais, que se afirmam não só através do acolhimento em estágio dos formandos da escola, mas também através da contratação desses formandos, depois de terminada a formação em contexto de trabalho. É uma relação de ganho bilateral, uma vez que o estágio curricular é muito importante para apoiar a integração dos formandos no mercado de trabalho, mas é também uma mais valia para as empresas que os acolhem, por poderem contratar os profissionais qualificados que a escola prepara.
A escola recebe quase diariamente pedidos de empresas e outras instituições com solicitações de mão-de-obra qualificada nas áreas formativas que abrange. Daniel Pinto garante que "há saídas profissionais para todos". Frisa ainda que os conteúdos curriculares são adaptados, naquilo que a sua flexibilidade permite, às necessidades das empresas da região, de forma a promover ainda mais a empregabilidade dos formandos. Exemplo disso é o Festival do Chocolate de Óbidos ou o tratamento de produtos endógenos como a pera, temas que foram incluídos nos conteúdos pedagógicos.
Uma nota final deixada pelo diretor da Escola de Hotelaria e Turismo do Oeste vai para a internacionalização. Segundo Daniel Pinto, tem havido um grande esforço no sentido de permitir que alunos e professores possam usufruir da partilha de experiências, seja ao nível de concursos e eventos internacionais, seja através da visita a outras escolas e a outras realidades turísticas.
Joaquim Bernardo, Presidente do PO CH com o Diretor de Escola de Hotelaria e Turismo do Oeste e Miguel Feio, responsável pela área de estratégia e comunicação do PO CH
O Roteiro Capital Humano teve início em 2018, foi interrompido em 2020 devido à pandemia e regressou ao terreno em setembro de 2022. Tem como principal objetivo conhecer e dar a conhecer, o trabalho e a missão das entidades beneficiárias do PO CH e os frutos do investimento europeu na formação e qualificação da população.